Fundamentação Teórica
Introdução
Acreditando que todos os estudantes possuem recursos intelectuais para aprender, pensamos em desenvolver um projeto que aplicará atividades baseadas no que os alunos já sabem, e sobre as habilidades que já tem desenvolvidas das disciplinas de Matemática, Língua Portuguesa e Arte.
Professores de todas as disciplinas e níveis de aprendizados, desde a Pré-escola à Pós-graduação, planejam suas aulas baseados no que os estudantes precisam aprender. Esses professores não estão errados ou equivocados, mas acreditamos que o problema possa estar em considerar apenas o que o estudante ainda não sabe. Considerar o que ele conhece, e as habilidades que já desenvolveu, contribuíra para que professores possam incentivar seus alunos na busca do conhecimento partindo de suas habilidades já desenvolvidas, e não acreditando apenas que é alguém.
Todo ser humano é detentor de algum conhecimento, por isso fazer o estudante acreditar que é capaz de desenvolver algo deve partir do que ele já desenvolveu, para tornar o processo de aprendizagem mais eficiente e com maior credibilidade pelo aprendiz.
Observar o que o estudante já sabe pode apoiar o professor para sua prática segundo Jilk,2016. Para posicioná-los como aprendizes competentes, necessitamos nos concentrar nos pontos fortes deles, e fazer com que acreditem que são capazes de se desenvolver e adquirir mais conhecimento.
Ao questionar muitos professores sobre como planejam suas aulas, ou de onde partem o planejamento de suas aulas, podemos perceber que a maioria deles, dirá que partem do que os estudantes precisam aprender. Mas considerar o que os estudantes já sabem é fundamental para saber o que eles precisam aprender, e esse conceito de ensino e aprendizagem pode mudar completamente a forma de ensinar e consequentemente a forma de aprender. Fazer o estudante perceber que o que ele já sabe, sobre determinada disciplina ou conteúdo, é também fazê-lo perceber que ele foi e é capaz de aprender e ser “bom o suficiente”.
Nos sentir deficientes em alguma dimensão, seja ela intelectual, social, física, ou qualquer outra, nos faz sentirmos que não somos capazes de adquirir conhecimento, e o que propomos neste trabalho é exatamente o oposto a isso. É percebermos em cada estudante algum potencial para que ressignifiquem a forma de aprender. É fazê-los acreditar que são capazes, pois podemos apresentar a eles essa capacidade. E isso deverá acontecer a partir do planejamento e desenvolvimento de atividades específica para cada indivíduo, considerando a particularidade, o conhecimento e o nível de proficiência de cada um.
Não consideramos que seja uma prática fácil para os educadores mudar o foco de que os estudantes não sabem para o que eles já sabem e o que podem potencializar, porque fomos “treinados” a identificar os pontos que precisam ser melhorados de nossos alunos, entretanto o que propomos neste projeto é que o educador mude o foco, o ponto de partida, propomos partir do que os estudantes conhecem e assim podermos incentivá-los a conhecer ainda mais, fazendo-os acreditar que são capazes. Pois o objetivo é fazer com que os estudantes acreditem neles mesmos, acreditem que podem desenvolver as atividades e consequentemente aprender.
Focar nos pontos fortes dos estudantes fará a diferença na aprendizagem, pois todos tem potencial para aprender.
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Relação entre motivação e aprendizado
A relação ente a motivação e processo educacional está ligado a reciprocidade que envolve o ambiente de aprendizado. O envolvimento dos estudantes em diferentes disciplinas do currículo varia consideravelmente de acordo com diversos fatores que estão relacionados ao ambiente proposto pelo professor em sala de aula. Proporcionar um ambiente de ensino onde terá explícito o estudante como sujeito principal da ação produzirá efeitos positivos no desempenho, assim como na aprendizagem, pois motivará o estudante.
Segundo Lourenço e Paiva (2010), a procura por novos conhecimentos está relacionada com a motivação do estudante, fazendo com que participe das aulas e realize as atividades propostas com entusiasmo e disposição para novos desafios.
Murray (1986: 20), considera que a motivação representa um fator interno que dá início, dirige e integra o comportamento de uma pessoa. Lourenço e Paiva (2010) acreditam que através da motivação, consegue-se que o estudante encontre razões para aprender, para melhorar e para descobrir e rentabilizar competências.
Consideramos que motivar os estudantes está relacionado ao que será proposto a eles e a estratégia utilizada. Pritrich (1999) centra seus estudos sobre motivação em três tipos de crenças sobre o tema: autoeficácia, valor da tarefa e tipos de metas. Vamos focar nosso trabalho na crença da autoeficácia dos estudantes, partindo do conhecimento prévio de cada um e propondo diferente metodologias para aprender, de acordo com suas capacidades.
A crença da autoeficácia, segundo Souza (2010), essa é a crença mais relacionada ao desempenho escolar e ao uso de estratégias. A autora ressalta que que a autoeficácia não se refere especificamente à capacidade de um indivíduo, mas sim ao que ele acredita ser capaz de realizar.
Bandura (1997), considera quatro fontes de informação para formar a autoeficácia, são elas: experiências de êxito, experiências vicariantes, persuasão social e estados afetivos ou fisiológicos. Concentraremos nosso estudo na experiência de êxito apresentando os estudantes as atividades já desenvolvidas com eficácia, por eles.
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Influência da autoimagem na motivação
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Como motivação e autoimagem se relacionam
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Desenvolvimento do projeto
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Considerações Finais